Programa

 

Sexta-feira 7 de Novembro de 2008 | Sessão Plenária | Auditório Grande da ESAB

 

09:00 - Abertura

Presidente da Escola Superior Agrária de Bragança, Prof. Albino Bento

Presidente da Direcção da APEP, Prof. Teresa Pinto-Correia

09:30 - Intervenções convidadas

Coordenadas pela Prof. Teresa Pinto-Correia, Presidente da Direcção da APEP

·         A Convenção Europeia da Paisagem

Arq. Maria José Festas | Assessoria Técnica | D-G Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

·         O Ordenamento e as actuações na Paisagem nos Espaços Protegidos de Zamora

D. Jesús Palacios Alberti | Director | Parque Natural del Lago de Sanabria, Espanha

·         A Convenção Europeia da Paisagem no Ordenamento do Território

Arq. Maria João Botelho | Subdirectora-Geral | D-G Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

·         De que é que se fala quando se trata da Paisagem?

Prof. Álvaro Domingues | Professor | Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

11:00 Pausa para café

11:30 - Mesa redonda: A Paisagem no Planeamento do Território em Portugal

Apresentada e dirigida pela Prof. Maria Teresa Andresen | Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

·         Eng. Ricardo Magalhães | Chefe de Projecto | Estrutura de Missão do Douro

·         Prof. Maria José Dias Curado | Professor Auxiliar | Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

·         Arq. José Alves Cangueiro | Assessor | Serviços do Ordenamento do Território da CCDR-N

·         Arq. Henrique Pereira dos Santos | Instituto de Conservação da Natureza

13:00 Almoço livre

14:30 Apresentações Orais I Sessão Plenária

Coordenada pela Arq. Isabel Loupa Ramos, Vice-Presidente da Direcção da APEP

·         O Plano Verde da Cidade de Bragança

Eng. Artur Gonçalves | Professor | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

A presença de vegetação é vista como um requisito essencial na qualidade do ambiente urbano, e nessa perspectiva urge abordar de modo integrado o seu planeamento, incorporando componentes tão diversas como os solos, a vegetação, a hidrologia, a estrutura urbana, a percepção social, entre muitas outras. O Plano Verde da Cidade de Bragança é um projecto que visa apoiar o planeamento e a gestão dos espaços verdes, através do estudo da realidade local, da definição de uma estrutura verde urbana e de estratégias compatíveis com a sua valorização, bem como de elementos técnicos de apoio à sua gestão futura.

·         O Romantismo na Paisagem de Montesinho

Prof. Luísa Genésio | Professora | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

Um passeio pelo romântico na Serra de Montesinho: o ideal romântico e o sublime da sua paisagem enquanto objecto estético; a estética romântica da Paisagem em Montesinho; e da sua importância para saber ver e viver esta Paisagem.

·        Conservação da flora e vegetação da paisagem ultrabásica do maciço de Bragança-Vinhais

Prof. Carlos Aguiar | Professor | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

As condições ecológicas extremas proporcionadas às plantas vasculares pelos solos ultrabásicos e.g. elevada concentração em metais pesados, baixa relação Ca/Mg e baixa profundidade útil explicam a sua riqueza em espécies e ecótipos endémicos de plantas, a baixa α diversidade da sua flora, a lentidão dos processos sucessionais e a dominância de etapas sucessionais regressivas. Aceitam-se seis espécies de serpentinófitos endémicos dos afloramentos de rochas ultrabásicas do NE de Bragança. 18 espécies não endémicas são, em Portugal, exclusivas, ou quase, destes afloramentos. As rochas ultrabásicas transmontanas distribuem-se por dois maciços: Bragança-Vinhais e Morais. O Maciço de Bragança-Vinhais é o mais rico em espécies endémicas, e em outras espécies raras, porque estas plantas tendem a concentrar-se nos afloramentos de maior altitude. Não existe uma explicação satisfatória para este padrão, porém a proximidade do Maciço de Bragança-Vinhais de um sistema montanhoso, mais ou menos contínuo, que entronca nas Montanhas Cantábricas poderá ter facilitado a imigração de uma flora de montanha neutro-basófila durante o Holocénico. As categorias de raridade UICN, aplicadas às escalas nacional e internacional, dos serpentinófitos e demais espécies RELAPE devem mais à sua raridade intrínseca do que a regressões populacionais de causas antropogénicas. 75 % das espécies RELAPE das rochas ultrabásicas do NE de Bragança estão adaptadas a solos delgados, geralmente sujeitos a erosão laminar, e têm o seu óptimo fitossociológico em comunidades pioneiras. Consequentemente, o uso tradicional dos afloramentos de rochas básicas com uma pastorícia extensiva com fogo é, em princípio, favorável à conservação das plantas de maior interesse conservacionista características destes espaços.

·         A Paisagem no Ordenamento do Parque Natural de Montesinho

Prof. José Castro | Professor | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

Recentemente aprovado, o Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho constituiu um desafio importante para a equipa do Instituto Politécnico de Bragança responsável pela sua elaboração. No capítulo da Paisagem, foram utilizadas metodologias inovadoras para tornar coerente a sua descrição e análise com trabalhos anteriores realizados a diferente escalas. Os resultados serão apresentados e discutidos, procurando problematizar o lugar da Paisagem nestes instrumentos de gestão territorial.

·         As paisagens florestais no contexto das alterações globais: desafios à sua gestão, conservação e recuperação

Prof. João Azevedo | Professor | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

As alterações ambientais e socioeconómicas actualmente em curso à escala global colocam novos desafios a ecólogos e profissionais da paisagem. Torna-se, dessa forma, necessário reunir cientistas, planeadores, e gestores no sentido de partilhar conhecimento e experiências sobre abordagens, métodos e ferramentas de previsão de alterações estruturais e funcionais nos sistemas, e de optimizar a oferta de bens e serviços à escala da paisagem num novo contexto de alterações globais.

16:15 Pausa para café e sessão de posters

·         ECOPORF PROJECT: Landscape ecology application to forest resources planning in Spain

Sergio González Ávila | Escuela Universitaria de Ingeniería Técnica Forestal - Universidad Politécnica de Madrid

This project attempts to fill methodological gaps in several land ecological matters that will arise when developing the Forest Resources Management Plans (PORF) defined by the new Spanish forest law. To achieve these goals, we apply landscape ecology principles in two forest districts, resulting in different proposals for the management of these areas.

·         Comparación de la estructura del paisaje de los Parques Naturales fronterizos de Arribes del Duero (Salamanca, España) y Douro Internacional (Portugal).

Celia García-Feced | Escuela Universitaria de Ingeniería Técnica Forestal - Universidad Politécnica de Madrid

En este trabajo, basado en la metodología desarrollada en SISPARES (Sistema de Monitorización de los Paisajes Rurales Españoles), se aborda la caracterización ecológica de los paisajes de dos Parques Naturales fronterizos, Arribes del Duero (parte Salamanca, España) y Douro Internacional (Portugal). Con este fin, se fotointerpretaron los tipos de uso y cubierta de unas cuadrículas territoriales previamente seleccionadas y se calcularon los índices del paisaje. Posteriormente, se analizaron y compararon cuantitativamente la composición y configuración de los paisajes de ambos Parques.

·         Metodologias para o estudo das preferências sobre a paisagem rural: da escala local à escala regional.

Catarina Machado | Universidade de Évora/ICAM

A apresentação e discussão de metodologias já adoptadas para a avaliação do potencial de cada paisagem para uma série de funções, que dependem da procura social, através do estudo das preferências dos utilizadores, são o objectivo deste poster. O estudo apresentado pretende ser um contributo para uma ferramenta que suporte as decisões de gestão da paisagem e que contribua, deste modo, para uma melhor adaptação entre as exigências/necessidades da população face ao potencial e características de cada tipo de paisagem.

·         A pastorícia como componente estrutural da Paisagem de montanha mediterrânica.

Marina Castro | Escola Superior Agrária de Bragança

A pastorícia desempenhou desde sempre um papel central na paisagem da bacia mediterrânica, tendo-a modelado e desenhado ao longo dos tempos. As relações entre os herbívoros e a vegetação actuam a diferentes escalas nos ecossistemas e na paisagem, constituindo-se em importantes reguladores da sua configuração e funcionamento. Neste trabalho, analisam-se as relações entre o sistema de pastoreio de percurso e o território que lhe está associado em Trás-os-Montes, sustentando-se que a pastorícia deve ser entendida como componente estruturante da paisagem de montanha mediterrânica.

16:45 Apresentações Orais II Sessão Plenária

Coordenada pelo Prof. José Castro, | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

·         Rede de Corredores Ecológicos - O caso do Zambujal

Raquel Rosário | Mapa SGPS

 

·         Avaliação da paisagem de Montado de Sobro por diferentes grupos de utilizadores: uma base para indicadores a integrar num modelo de decisão

Diana Surová | Universidade de Évora/ICAM

Entre os novos componentes de gestão da paisagem rural encontram-se as funções não produtivas relacionadas com lazer e recreio, as que são consideradas por de Groot como funções culturais e de amenidades (de Groot and Hein, 2007). Para combinar as novas funções com as potencialidades existentes na paisagem, torna-se necessário estudar as preferências de paisagem por vários tipos de utilizadores, relacionados com cada uma destas funções. Uma vez que as diferentes opções de gestão no Montado produzem diferentes padrões de paisagem, estes podem ser distintos em atractividade e potencial para os usos não produtivos. Neste trabalho foram estudadas as preferências de vários grupos de utilizadores em relação aos diversos padrões de paisagem no Montado de Sobro, cada um deles relacionado com um tipo de gestão específico, mais ou menos intensivo e com maior ou menor associação à produção pecuária. Foram identificadas as preferências que são significativamente diferentes, entre grupos de utilizadores, e os resultados quantitativos das preferências foram transformados em indicadores de atractividade da paisagem. A produção destes indicadores tem como o objectivo a introdução num sistema de apoio à decisão, onde serão combinados com informação sobre vários outros factores. Este instrumento deverá constituir um sistema de apoio para os proprietários do Montado de Sobro.

·         Gerir a paisagem como valor integrado nos produtos regionais certificados

Andreia Pereira | gene.t - Grupo Empreendedor de Novas Estratégias Territoriais

A certificação de produtos regionais tem-se expandido em Portugal desde a década de 90. Independentemente do seu tipo, encontra-se sempre presente a referência a um meio biogeográfico específico. A originalidade do processo de produção e transformação dos produtos regionais certificados deve-se à importância central dos recursos endógenos. A estreita ligação existente entre estes e a identidade do território de origem suscita a reflexão sobre como a paisagem cultural deverá ser gerida e valorizada ao longo da cadeia produtiva. A montante da comercialização, uma correcta gestão da paisagem é essencial para assegurar a preservação das condições naturais e das técnicas artesanais de produção. A jusante do ciclo produtivo, a divulgação da paisagem regional revela-se crucial no quadro de uma estratégia de geomarketing da região detentora da certificação.

·         Alteração da paisagem e comportamento do fogo na freguesia de França, Bragança

César Moreira | Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança

Estudaram-se as alterações na composição e estrutura paisagem entre 1958 e 2005 na freguesia de França (Bragança) e as suas implicações no comportamento do fogo. Os resultados indicaram mudanças estruturais importantes nesta paisagem favorecendo a ocorrência de incêndios de maior intensidade e em áreas maiores.

·         Que funcionalidade na paisagem rural? A agricultura e as funções não produtivas: aplicação ao Concelho de Castelo de Vide

Filipe Barroso | Universidade de Évora/ICAM

Esta comunicação apresenta os fundamentos e resultados do projecto de investigação MURAL, aplicado ao concelho de Castelo de Vide como caso de estudo, sobre as potencialidades e limitações da paisagem rural para o desenvolvimento de várias funções. O estudo procura avaliar as preferências em termos de paisagem, por vários grupos de utilizadores, cada um ligado a uma função específica.

·         A Paisagem Cultural como novo paradigma do Ordenamento do Território

Nuno Martins | ADP-PPM, Associação Projecto e Desenvolvimento do Parque Patrimonial do Mondego

No quadro dum desenvolvimento sustentável, a revalorização de territórios com expressão patrimonial através de novos instrumentos de projecto e gestão, como é o caso da figura de parque patrimonial, aponta para o potencial vertebrador das paisagens culturais ao nível do Ordenamento do Território. Apresenta-se o projecto do Parque Patrimonial do Mondego como estratégia de planeamento sub-regional.

18:30 Encerramento da Sessão Plenária

20:00 Jantar do Encontro APEP 2008

 

 

Sábado, 8 de Novembro de 2008, Planalto Mirandês

 

Visita ao Planalto Mirandês para contacto com a realidade actual das suas Associações de Desenvolvimento Local cujas iniciativas têm implicações na Paisagem

09:00, ESAB Partida

Escola Superior Agrária de Bragança, início da visita

10:30, Atenor Apresentação da AEPGA

A AEPGA Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino na sua sede, com visita ao Palheirico, o centro para acolhimento para os burros da Associação

12:00, Uva Apresentação da PALOMBAR

A PALOMBAR Associação de Proprietários de Pombais Tradicionais do Nordeste, com visita a um conjunto único de pombais tradicionais recuperados

13:30, Serapicos Almoço

Almoço integrado no Magusto Tradicional "L Brano de San Martino" promovido pelas Associações de Desenvolvimento Local visitadas

15:30, Serapicos Apresentação da ALDEIA

A Associação ALDEIA Acção, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação, Ambiente

17:30, ESAB Chegada

Escola Superior Agrária de Bragança, final da excursão