IV Jornadas Ibéricas de Educação Social

Migrações transnacionais: políticas e práticas na reconstrução da cidadania europeia.

 

Dias 23 e 24 de novembro
Auditório da Escola Superior de Educação de Bragança.

Programa

As IV Jornadas Ibéricas de Educação Social pretendem debater o tema das migrações transnacionais: políticas e práticas na reconstrução da cidadania europeia. O drama vivido por milhares de migrantes que tentam chegar à Europa, na zona do Mediterrâneo, despertou os responsáveis políticos e as organizações internacionais para uma dura realidade. As IV Jornadas Ibéricas de Educação Social abordam as migrações transnacionais a partir de dois planos. Ao nível de uma política europeia transnacional, a recente tragédia humana do movimento migratório revelou a fragilidade dos instrumentos estruturais e a necessidade de definir uma agenda política. No âmbito nacional despertou os organismos nacionais para a adoção de mecanismos de acolhimento e integração, campo onde o educador social tem palco na construção das novas relações sociais, derivadas da interação dos seus sujeitos. É neste contexto que se pretende analisar, nas circunstâncias atuais, a continuidade de uma essência humanista no projeto de integração da UE, pensar criticamente sobre as relações entre as migrações, economia, segurança, direitos humanos e a cidadania europeia, refletir sobre o enquadramento legislativo e as políticas de acolhimento promovidas por Portugal e Espanha e debater sobre a ação do educador social, no âmbito do acolhimento aos imigrantes.

Dia 23 de novembro de 2017
9h Receção e entrega de documentação
9h30

Sessão de abertura

Presidente do IPB, Professor Doutor João Sobrinho Teixeira
Presidente da CMB, Doutor Hernâni Dias
Diretor da ESEB, Professor Doutor António Ribeiro Alves
Coordenadora do Departamento de CS, Professora Doutora Cristina Mesquita

10h

Conferência Inaugural – Mitos e factos da imigração em Portugal: o que os indicadores de integração nos ajudam a compreender?

Catarina Oliveira, Observatório das Migrações, Portugal
Natália Gomes, Observatório das Migrações, Portugal

(Moderador – Orlando Gama)

11h Pausa para café
11h15

Painel 1 – Refugiados em Portugal: os desafios do acolhimento

Mónica d’Oliveira Farinha, Conselho Português para os Refugiados.
Refugiados em Portugal: desafios do acolhimento

Ana Rodrigues, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Portugal
Pretexto e contexto da recolocação pioneira de crianças e jovens não-acompanhados em Portugal.

(Moderadora – Maria do Nascimento Mateus)

13h Pausa para almoço
14h30

Painel 2 – Imigrantes: políticas e práticas de integração na Península Ibérica

Jesús A. Valero-Matas, Universidad de Valladolid
La inmigración hacia Europa, la búsqueda del sueño europeo.

Vitor Gonçalves, Paula Vaz, Ivone Fachada & Raquel Branquinho Instituto Politécnico de Bragança e Centro de Ciência Viva
INTEGRA-TE 2.0 – Projeto para a Integração Intercultural de alunos PALOP em Bragança.

Irene Valero-Oteo, Universidad del País Vasco
Participación ciudadana e inmigración.

(Moderador – Maria Emília Nogueiro)

Dia 24 de novembro de 2017
9h30

Painel 3 – Migrações, interculturalidade e participação num mundo em mudança

Pe. Fernando Calado, Capelão do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
Multiculturalidade e Interculturalidade

Cristina Varela, Santiago de Compostela
Mujeres extranjeras en prisión ¿cómo gestionamos esta diversidad cultural?

Raquel Poy Castro, Universidad de León
La educación ante los riesgos de inclusión en inmigración

(Moderadora – Marília Castro)

11h45 Pausa para café
12h

Conferência de encerramento – Papel y prácticas del educador social en el marco de la reconstrucción de la ciudadanía europea

Luján Lázaro Herrero, Universidade de Salamanca

(Moderador - Pedro Couceiro)

12h45 Encerramento

Organização

Comissão Científica
Catarina Oliveira – (Observatório das Migrações, Portugal)
Cristina Mesquita - (Instituto Politécnico de Bragança, Portugal)
Jesus Valero Matas – (Universidad de Valladolid, Espanha)
Juan Romay Coca – (Universidad de Valladolid/Soria, Espanha)
Luján Lázaro Herrero - (Universidade de Salamanca, Espanha)
Maria do Nascimento Mateus – (Instituto Politécnico de Bragança, Portugal)
Maria Emília Nogueiro – (Instituto Politécnico de Bragança, Portugal)
Marília Castro – (Instituto Politécnico de Bragança, Portugal)
Susana Silva – (Instituto Politécnico de Bragança, Portugal)
Comissão Organizadora
Benilde Moreira
Cristina Mesquita
Márcio Martins
Marília Castro
Maria do Nascimento Mateus
Maria Emília Nogueiro
Orlando Miguel P. Gama
Paula Martins
Pedro Alexandre Couceiro
Susana Silva
Secretariado
Benilde Moreira
Cristina Mesquita
Maria Emília Nogueiro
Paula Martins
Susana Silva
Alunos/as - Licenciatura e Mestrado em Educação Social
Rita Luisa Herdeiro Rodrigues
Marta Vanessa da Costa Teixeira
Filipa Gabriela da Silva Machado
Ana Isabel de Sousa Ribeiro
Humberto Ferreiro
Tânia Arouca

Resumos

Conferência: Mitos e factos da imigração em Portugal: o que os indicadores de integração nos ajudam a compreender?

Catarina Reis Oliveira – Observatório das Migrações

Catarina Reis de Oliveira é licenciada em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (UNL), tem estudos pós-graduados na Universidade de Amesterdão, onde foi investigadora visitante do IMES (Institute for Migration and Ethnic Studies), é mestre em Estatística e Gestão de Informação do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da UNL, e é doutorada em sociologia pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa – com a tese “Diver-cidades empresariais em Portugal: estratégias de imigrantes em mercados locais”. Em 2000 foi-lhe atribuído o prémio de estímulo à investigação da Fundação Calouste Gulbenkian na área cientifica Multiculturalismo e etnicidade na sociedade contemporânea e foi-lhe concedida a Bolsa de Mérito da Universidade Nova de Lisboa. É desde 2016 a diretora cientifica do Observatório das Migrações. Entre 2005 e 2016 foi a Coordenadora do Gabinete de Estudos e Relações Internacionais do Alto Comissariado para as Migrações, tendo desde 2005 assumido também a coordenação executiva do Observatório da Imigração (atual OM). Desde 2006 trabalha na sistematização e análise de informação estatística e administrativa acerca dos estrangeiros residentes em Portugal, tendo em 2014 lançado a Coleção Imigração em Números do OM, que coordena e é autora. É desde 2007 a coordenadora editorial da Revista Migrações do OM. Entre 2001 e 2005 Catarina foi docente da licenciatura de Sociologia na Universidade Nova de Lisboa e da Pós-Graduação em Migrações, Minorias Étnicas e Transnacionalismo na mesma instituição. Entre 2004 e 2008, foi a coordenadora da Rede Europeia Ethnic Minority Entrepreneurs. Catarina tem vindo a publicar extensamente acerca da integração dos imigrantes, nomeadamente acerca dos contributos da imigração para Portugal, sendo autora de vários capítulos de livros nacionais e internacionais, de artigos em Revistas Cientificas e de livros. Tem também coordenado e participado em inúmeros projetos internacionais de investigação comparada na vertente da integração dos imigrantes.

Natália Gomes - Observatório das Migrações

Natália Gomes, investigadora da Equipa do Observatório das Migrações desde 2013, é licenciada em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa com a tese “Palcos sem Fronteiras: Trajetórias Profissionais de Imigrantes nas Artes Performativas em Portugal”. Foi colaboradora entre 2003 e 2006 do Observatório das Atividades Culturais, tendo participado em diferentes projetos de investigação na área da sociologia da cultura e das artes. Entre 2006 e 2012 foi técnica superior na área dos estudos de mercado. Desde 2013 é responsável pelo secretariado da Revista Migrações do Observatório das Migrações. Tem vindo a publicar acerca da integração dos imigrantes no mundo artístico português e acerca de indicadores de integração de imigrantes.

Conferência: Mitos e factos da imigração em Portugal: o que os indicadores de integração nos ajudam a compreender?

Nas últimas décadas Portugal viu aumentar a sua imigração, assumindo saldos migratórios positivos a partir da década de 1990, embora regressando a saldos negativos a partir de 2010. O Observatório das Migrações tem assumido, desde 2003, como prioridade aprofundar o conhecimento sobre as populações imigrantes residentes no país, monitorizando a sua integração, informando decisores políticos para a definição de políticas públicas e iniciativas legislativas para a integração de imigrantes, e sensibilizando a opinião pública em geral, combatendo mitos e estereótipos acerca dos imigrantes através de factos. Nesta comunicação serão clarificados conceitos, desafios que estão inerentes à monitorização estatística de noções como “imigrantes” e “integração”, e mitos e estereótipos que existem acerca das migrações que os dados estatísticos ajudam a desconstruir e a tornar factual.

Painel 1 – Refugiados em Portugal: os desafios do acolhimento

Mónica Farinha – Conselho Nacional para os Refugiados

Mónica d’Oliveira Farinha trabalha no Departamento Jurídico do Conselho Português para os Refugiados (CPR) desde 1994, após conclusão da licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Desde 2000 exerce as funções de Coordenadora desse Departamento. É Membro da Direcção do CPR desde 2013. Trabalha em estreita cooperação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), organização internacional que o CPR representa em Portugal, bem como com o European Council on Refugees and Exiles (ECRE).
No âmbito das suas funções tem participado nas reformas legislativas em matéria de asilo. Tem ampla experiência como docente em Direitos Humanos e Direito de Asilo, tendo lecionado na Universidade de Economia da Universidade de Coimbra, Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Aberta, Ordem dos Advogados e CIMIC.
Participou em missões relacionadas com protecção internacional na Grécia (2010), Líbano (2011), Ucrânia (2015) e Estados Unidos da América (2016).

Refugiados em Portugal: desafios do acolhimento

Com esta comunicação pretende-se contextualizar qual o significado de protecção internacional e qual o âmbito do acolhimento a requerentes e beneficiários de proteção internacional. Nesta linha, procuraremos enquadrar os desafios atuais, analisando o caso Português, bem como a experiência do Conselho Português para os Refugiados (CPR).

Ana Rodrigues - Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade

Ana Rodrigues é responsável operacional, na Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), pelas questões relativas aos refugiados. Em concreto, pelo desenho do modelo de recolocação e acolhimento em Portugal de menores não acompanhados (MNA) e pela sua implementação. Este modelo de recolocação promovido pela CNIS fez de Portugal pioneiro na recolocação de MNA fora do mecanismo europeu de recolocação. Pertence, em representação da CNIS da comissão executiva da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) que é de organizações da sociedade civil que é uma organização que procura dar uma resposta concertada à grave situação humanitária vivida no contexto europeu, com a chegada de milhares de pessoas em busca de proteção internacional. É também investigadora em matéria de migrações e asilo, quer no Centro de Investigação Interdisciplinar em Direitos Humanos quer no Centro de Estudos em Direito da União Europeia, ambos da Universidade do Minho. Encontra-se a realizar uma tese de doutoramento que se foca na resposta europeia aos acontecimentos de 2015 e nas alterações de fundo em matéria de direitos fundamentais no âmbito do sistema europeu comum de asilo.

Comunicação - Pretexto e contexto da recolocação pioneira de crianças e jovens não-acompanhados em Portugal

Em 2015 assistiu-se à chegada sem precedentes ao território europeu de pessoas provenientes, na sua maioria, de países em conflito ou considerados ‘produtores’ de refugiados. A União Europeia (UE) adotou, nessa altura, medidas excecionais para fazer face à crise, a par de algumas propostas estruturais de médio e longo prazo. A mais significativa medida correspondeu ao mecanismo de recolocação, que introduziu um desvio às regras vigentes para recolocar requerentes de proteção internacional de um Estado-Membro para outro. Este mecanismo, com regras de elegibilidade muito apertadas, deixou por abranger muitas pessoas relativamente às quais uma obrigação de proteção se mantinha, como é o caso de uma grande parte das crianças e jovens não-acompanhados chegados à UE. Assim, e no âmbito de uma parceria entre organizações de Portugal (CNIS) e Grécia (METAdrasi), o governo português aceitou fazer de Portugal o primeiro país a acolher crianças e jovens não-acompanhados recolocados fora daquele mecanismo.

Painel 2 – Imigrantes: políticas e práticas de integração na Península Ibérica

Jesús A. Valero Matas – Universidade de Valladolid

Doctor en Sociología por la UCM, Licenciado en Ciencias Políticas y de la Administración (UCM) y en Sociología (UCM). Profesor Titular de Sociología en la Universidad de Valladolid. Actualmente es Visitor Scholar en The Catholic University of América en Washington (USA). Tiene en su haber mas de 15 libros, entre individuales y colectivos, y más de 30 artículos en revistas indexadas. Ha sido profesor visitantes en Georgetown University (USA), in the University of Auckland (New Zealand), in the Colorado Shools of Mines (USA), in the UNAM (México) and in the Escola Superior de Educação, IPB (Braganza Portugal), entre otras.

Comunicação: La inmigración hacia Europa, la búsqueda del sueño europeo.

Esta ponencia aborda el asunto de la inmigración africana hacia Europa, de manera que arriesgan su vida en muchos casos, como es el asunto de la pateras por el estrecho de Gibraltar o bien por Mesina hacia Italia. Como la inmigración produce transformaciones importantes en el comportamiento social. Cambia el panorama socioeconómico del país de origen, pero también en el país de destino. Y sobre todo, alcanzan todos el sueño europeo?

Vítor Gonçalves – Instituto Politécnico de Bragança

É Professor Adjunto no Departamento de Tecnologia Educativa e Gestão da Informação na Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Recebeu o grau de doutoramento em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (Web Semântica, e-Learning e Agentes de Software), mestrado em Tecnologia Multimédia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e licenciado Informática de Gestão. Possui várias publicações em revistas e congressos nacionais e internacionais. Membro do projeto AduLeT desde 2016 e do project INTACT de 2012 a 2015. Membro do Gabinete de Empreendedorismo do IPB. Membro da equipa do Projeto “Rotas científicas para uma integração intercultural”.

Paula Vaz - Instituto Politécnico de Bragança

É Professora Adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança (ESE-IPB) (Departamento de Psicologia). É licenciada em Psicologia (2002) e em Professores do Ensino Básico, variante de Matemática e Ciências da Natureza (2008). Possui especialização em Educação Especial no âmbito das Dificuldades de Aprendizagem Específicas (2009). É Doutora em Estudos da Criança-Especialidade de Educação Especial pelo Instituto de Educação da Universidade do Minho (2015). Desde 2007 leciona, entre outras, as unidades curriculares de Educação Especial e de Necessidades Educativas Especiais em cursos de formação de Educadores e Professores. Tem apresentado o seu trabalho de investigação em Portugal e no estrangeiro e tem trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais. É membro da equipa do Projeto “Rotas científicas para uma integração intercultural”. É diretora da Pós-Graduação em Educação Especial da ESE-IPB.

Ivone Fachada - Centro de Ciência Viva

É licenciada em Engenharia Florestal e mestre em Gestão e Conservação da Natureza, encontrando-se, neste momento, a frequentar o Programa Doutoral em História das Ciências e Educação Científica. Desde janeiro de 2016 que desempenha o cargo de Diretora do Centro Ciência Viva de Bragança, sendo responsável pela gestão financeira e de projetos, gestão e orientação de equipas e planeamento estratégico da organização.

Raquel Branquinho - Centro de Ciência Viva

É doutorada em em Ciências Farmacêuticas (especialidade: Microbiologia) pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, mestre em Controlo de Qualidade pela mesma instituição e licenciada em Microbiologia pela Escola Superior de Biotecnologia – Universidade Católica Portuguesa. Participou em vários projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico nacionais e internacionais, com várias publicações em revistas e congressos nacionais e internacionais. Atualmente é responsável pela Unidade de Gestão de Projetos Científicos e Tecnológicos do Centro Ciência Viva de Bragança e coordenadora da exposição “Por que somos como somos? A evoluir há 4570 milhões de anos”, realizada em consórcio com quatro Centros Ciência Viva.

Comunicação - INTEGRA-TE 2.0 – Projeto para a Integração Intercultural de alunos PALOP em Bragança

A globalização e a acessibilidade aceleraram significativamente as possibilidades migratórias. A migração desempenha um papel crucial no desenvolvimento de muitos países europeus, quer através da compensação da escassez de mão-de-obra, quer da criação de oportunidades laborais inexistentes nos países de origem dos migrantes. Por outro lado, permite também o desenvolvimento de oportunidades formativas e de aprendizagem em diferentes contextos e, em simultâneo, possibilita o equilíbrio da falta de alunos no Ensino Superior de algumas instituições portuguesas. Contudo, estas oportunidades só são bem-sucedidas se os migrantes se integrarem com sucesso no país de acolhimento, participando plena e ativamente no contexto social da cidade para a qual migram, o que implica a partilha de direitos e o respeito mútuo de normas e valores. Os objetivos do projeto “INTEGRA(-TE): Rotas Científicas para uma integração intercultural”, uma iniciativa do Centro Ciência Viva de Bragança, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança, visam a criação de oportunidades de aprendizagem e de inclusão social pela via do conhecimento, da ciência e da cultura, a jovens oriundos dos PALOP que estudam no IPB e residem em Bragança. No ano de 2016/2017, ocorreu a primeira edição deste projeto onde foram realizadas diversas atividades associadas às ilhas de conhecimento: (i) Ciência e Tecnologia; (ii) Multiculturalidade e Diversidade Cultural e (iii) Pedagogia e Educação na exploração de novos desafios. Esta edição promoveu a participação da comunidade de jovens referida, através da utilização de recursos científicos, tecnológicos, pedagógicos e de educação para o empreendedorismo. A metodologia orientadora desta iniciativa, e consequente recolha e tratamento de dados, junto dos participantes e investigadores, permitiu-nos aferir o sucesso e reconhecimento destas intervenções, de acordo com o plano de ações previamente projetado. Os resultados apontam ainda para uma ocorrência muito positiva na replicação desta iniciativa, já projetada em Bragança para o ano letivo de 2017/2018, mas também para a possibilidade da sua disseminação e expansão para outros contextos e domínios de necessidades de acolhimento, bem como de integração de cidadãos que se encontrem em situações de vulnerabilidade.

Irene Valero-Oteo - Universidad del País Vasco

Graduada en Sociología por la Universidad de Salamanca. Actualmente cursa el Master en Sociología Aplicada (UCM). Tiene algunos artículos en revistas indexadas y ha participado en varios Congresos internacionales y nacionales d e sociología, USA, Cuba, Bilbao, Salamanca entre otros.

Comunicação – Participación ciudadana e migraciones.

Se trata de abordar el asunto de la participación política y social de la ciudadanía mediante la red. Cada vez es más común el uso de la red para reclamar o quejarse ante los estados, las organizaciones económicas, sociales y políticas, como por ejemplo, la plataforma de participación ciudadana org.

Painel 3 – Migrações, interculturalidade e participação num mundo em mudança

Pe. Fernando Calado - Capelão do Instituto Politécnico de Bragança

Fernando António Calado Rodrigues é licenciado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. Foi ordenado sacerdote em 1993 e iniciou a sua atividade pastoral na paróquia de Torre de D. Chama, concelho de Mirandela, e aldeias vizinhas. D. António José Rafael, Bispo de Bragança-Miranda, mandou-o, então, estudar comunicação social em Roma. Concluiu a Licenciatura Canónica em Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Outubro de 2003, tendo defendido a tesina sobre a Igreja na Internet. Foi diretor do jornal Mensageiro de Bragança, entre Janeiro de 2004 e Maio de 2010. De setembro de 2012 a Novembro de 2016 escreveu semanalmente no jornal Correio da Manhã. Atualmente, Publicou, em 2014, "O futuro da Igreja", um livro com reflexões sobre a atualidade eclesial e nacional. Colabora com o Jornal de Notícias e tem uma coluna semanal. É pároco na Unidade Pastoral de Nossa Senhora das Graças, que engloba as paróquias da cidade de Bragança, onde é também capelão do Hospital da cidade, do Estabelecimento Prisional e do Instituto Politécnico de Bragança.

Comunicação - Multiculturalidade e Interculturalidade

Num mundo cada vez mais globalizado, graças à mobilidade das pessoas e ao contributo dos meios de comunicação social, a multiculturalidade é uma experiência cada vez mais frequente. O que, por vezes provoca tensões entre culturas diversas, mas é também uma oportunidade para o desenvolvimento cultural, se promotor de uma sadia interculturalidade. Um dos perigos da globalização é a uma uniformização das diferentes e peculiares identidades de cada pessoa, crença ou cultura. Por isso é necessária e essencial a promoção de uma interculturalidade que valorize as especificidades de cada cultura sem por em causa o bom entendimento entre todas.

Cristina Varela – Universidad de Santiago de Compostela

Cristina Varela Portela es Doctora en Ciencias de la Educación por la Universidad de Santiago de Compostela, institución donde también ha obtenido anteriormente la Licenciatura en Pedagogía y el Diploma de Estudios Avanzados. Ha formado parte del programa FPU (Formación de Profesorado Universitario) del Ministerio de Educación entre los años 2010 – 2014. En la actualidad trabaja como profesora en la Universidad de Santiago de Compostela. Sus líneas de investigación prioritarias son: educación y pedagogía intercultural, educación y pedagogía en contextos penitenciarios, aprendizaje-servicio y educación familiar. Ha realizado una estancia de investigación en la Universidad de Sevilla en el año 2012 y en la University of Cambridge en el año 2013. Pertenece al grupo de investigación Esculca de la Universidade de Santiago de Compostela, con quien ha obtenido el Premio Maria Barbeito a la investigación pedagógica en Galicia en su edición 2012. En el marco de este grupo ha participado en diferentes proyectos y labores de investigación. Durante los últimos años ha realizado diferentes aportaciones a Congresos de índole nacional e internacional. Así mismo, pertenece a la Red de Investigación RIES integrada por 6 grupos de investigación del Sistema Universitario Gallego (SUG).

Comunicação - Mujeres extranjeras en prisión ¿cómo gestionamos esta diversidad cultural?

Una de las principales características de la creciente inmigración actual es su feminización, realidad que también se refleja en las instituciones penitenciarias. Las mujeres extranjeras que ocupan estos espacios constituyen un colectivo con identidad propia, con un perfil que difiere del de las autóctonas. Además, en este grupo, identificamos dos situaciones diferenciadas respecto de su proyecto migratorio: las que ya vivían en España antes de entrar en prisión, y que emigraron principalmente, por motivos económicos; y aquellas que son detenidas en la frontera y que no tienen una trayectoria vital en el país. A las primeras las podemos identificar como propiamente inmigrantes, mientras que a las segundas las clasificamos como extranjeras. Por ello, nos hemos planteado reconocer las bases de la gestión de la diversidad cultural en las instituciones penitenciarias, con especial atención a las cuestiones de género. Para ello, es necesario analizar las características de estas mujeres, y revisar los programas que se desarrollan en estos centros. Debemos tener en consideración que las personas que cumplen condena se insertarán en una sociedad caracterizada por esos mismos rasgos de diversidad. Sin embargo, instituciones penitenciarias asume una perspectiva reduccionista y asimilacionista. Finalmente, proyectamos la necesidad de la gestión socioeducativa de la diversidad étnico-cultural en los centros penitenciarios, entendiendo la cárcel como un espacio multicultural y la imprescindible preparación de todos los internos e internas para su inserción en una sociedad caracterizada por la diversidad. Es necesario trabajar conforme al modelo educativo-comunitario o de reintegración centrándonos en las características de cada individuo, teniendo en cuenta que la diversidad cultural se presenta como posibilidad y no como barrera con el fin último de conseguir su integración en la sociedad por medio de la reeducación y la reinserción social.

Raquel Poy Castro - Universidad de León

Doctora en Psicología y Ciencias de la Educación por la Universidad de León, Licenciada en Filosofía y Ciencias de la Educación por la Universidad de Salamanca. Su etapa formativa como investigadora la ha desarrollado sucesivamente en la Universidades de Salamanca, Autónoma de Madrid y León, completándose ésta con estancias de formación predoctoral y postdoctoral en Windesheim, Berlín, París, Evóra , Montpellier, Bogotá y Florencia. En la actualidad es Profesora de Teoría e Historia de la Educación de la Universidad de León. Sus principales líneas de investigación se centran en el estudio de los Problemas Contemporáneos en educación, habiendo realizado más de 40 publicaciones y participado en 14 proyectos de investigación. La labor docente e investigadora la ha compaginado con la implicación en tareas de Gestión, siendo Coordinadora del Grado en Educación Social entre 2009 y 2012, Directora de Estudios de Grado en el Vicerrectorado de Ordenación Académica entre 2012 y 2016 y miembro del Consejo de Gobierno de la Universidad de León, entre otros. Desde 2012 es investigadora del Instituto Universitario INICO de la Universidad de Salamanca y en 2016 se incorpora como miembro del Instituto Internacional de la Profesión Docente de la Universitat de Barcelona.

Comunicação - La educación ante los riesgos de inclusión en inmigración

A partir de sendos proyectos de investigación socioeducativa con colectivos inmigrantes en los ámbitos de la marginación social y la prostitución, se plantean distintos enfoques que permiten abordar desde la educación los escenarios de riesgo de exclusión social que en migración pueden encontrarse en la actualidad en países como España y Portugal. Se revisan los escenarios de riesgo que afrontan las familias inmigrantes en relación a distintos enfoques de política educativa y se presentan casos de éxito en educación social que permiten amplificar el efecto de la acción educativa en aras de una mayor participación ciudadana como son las Comunidades de Aprendizaje.

Conferência de encerramento – Papel y prácticas del educador social en el marco de la reconstrucción de la ciudadanía europea

Luján Lázaro Herrero - Universidade de Salamanca

Luján Lázaro Herrero es Diplomada en Educación Social, Licenciada y Doctora en Pedagogía por la Universidad de Salamanca, España. Sus líneas docentes e investigadoras se articulan a través de la Educación Comparada e Internacional, la Política Educativa y la Historia de la Educación. Es profesora en el Departamento de Teoría e Historia de la Educación de la citada Universidad donde imparte docencia, entre otros, en el Grado de Educación Social, desarrollando temáticas que abarcan cuestiones como ciudadanía, interculturalismo, género y educación y política y sociedad.

Conferência de encerramento – Papel y prácticas del educador social en el marco de la reconstrucción de la ciudadanía europea

Este trabajo tiene por objetivo analizar y reflexionar sobre el perfil del Educador Social como profesional del campo socioeducativo en un contexto globalizador caracterizado por una notable pérdida de derechos sociales y por un aumento de las desigualdades. Para ello, parte de una clarificación conceptual de los tres elementos que articulan el mismo: Ciudadanía europea y todo lo que ello implica, significado de reconstrucción y utilización del término en estos momentos, y el papel del Educador Social en todo este escenario marcado por una crisis identitaria de Europa y de la Unión Europea como causa, entre otras, del desapego hacia ellas de gran parte de la ciudadanía.
El inicio del siglo XXI ha traído consigo una serie de retos; económicos, culturales, poblacionales y políticos que,hacen patente la necesidad de responder ante ellos, que reclaman examinar el concepto de ciudadanía y repensar sus características políticas, todo ello, bajo el objetivo de lograr la tan deseada optimización democrática. Así pues, crear una Unión Europea más democrática y al servicio de la ciudadanía parece ser la consigna de los diferentes movimientos, asociaciones y/o entidades con carácter sociopolítico que, están poniendo en marcha en la actualidad, una serie de actuaciones prácticas a través de las cuales se sitúa al ciudadano como actor principal del cambio y se aboga por una recuperación del mismo, donde el educador social no sólo va a participar como agente transformador si no como vehículo de reconocimiento y empoderamiento de los individuos como protagonistas.

Ficha de Inscrição

Estudantes e cooperantes da ESEB: 5 euros.
Outros participantes: 10 euros.

O pagamento poderá ser efetuado no ato de levantamento das pastas ou enviando, antecipadamente, ao cuidado de:

Cristina Mesquita
Coordenadora do Departamento de Ciências Sociais
Professora adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança
Quinta de Santa Apolónia
5300-856 Bragança

Ou de:

Maria do Nascimento Mateus
Coordenadora-adjunta do Departamento de Ciências Sociais
Professora adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança
Quinta de Santa Apolónia
5300-856 Bragança

Certificado de presença para os inscritos

Contactos

  • Maria do Nascimento Esteves Mateus
    Departamento de Ciências Sociais
    Tel: +351 273 330 000 Extensão: 3634
    Email: mmateus@ipb.pt
  • Cristina Mesquita
    Departamento de Ciências Sociais
    Tel: +351 273 303 000 Extensão: 3630
    email: cmmgp@ipb.pt
  • Morada
    Campus de Santa Apolónia
    Apartado 1101
    5301 - 856 Bragança – Portugal